segunda-feira, 12 de novembro de 2007

História do Jornalismo no Brasil


A História do Jornalismo no Brasil pode ser nomeada como “História da Imprensa no Brasil”, pois “Imprensa é a designação dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa, em contraste com a comunicação puramente propagandista ou de entretenimento”.
Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil no ano de 1808, a História da imprensa no Brasil foi dando seus primeiros passos, pois até então era proibida toda e qualquer atividade de imprensa, como: publicação de jornais, livros ou panfletos.
A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1808, onde foi criado o primeiro jornal dentro do país, a Gazeta do Rio de Janeiro. Diferentemente do jornal Correio Brasiliense, que atuava fora do Brasil, e tratava de fazer política, a “Gazeta” relatava em geral informações designadas à Europa.
Ao passar dos anos, foram-se criando mais fontes de informações e conseqüentemente de jornais. Dentre esses, estavam em primeiro grau de importância, a Gazeta de Notícias (1875-1942) e O Paiz (1884-1934), que eram os maiores e acabaram sobrevivendo mais tempo.
Ângelo Agostini se destacava entre as maiores personalidades da imprensa brasileira, por ser caricaturista, ilustrador e jornalista. Essa época em que a fotografia ainda era rara e cara, o ilustrador tem o poder inegável de construir o imaginário visual da sociedade.
A primeira revista a ser criada foi a Revista Ilustrada (1876-1898), que era destacada como um meio de informação inovadora. “As ilustrações litografadas almejavam ao perfeccionismo e ao mesmo tempo à expressividade. Inova a Revista também por uma diagramação “interativa”, com ilustrações sobre o cabeçalho, moldura, etc.. Saía semanalmente e tinha distribuição nacional”.

Relatório das exposições na Caixa Cultural


No dia 22 de setembro, nós, alunos de Jornalismo visitamos o museu da Caixa Econômica. Três exposições estavam disponíveis: Afetos Roubados no Tempo, Ecos de Dakar e Tomie Gráfica.
Cada amostra artística visava transmitir uma mensagem diferente e cada pessoa pôde tirar delas o que mais a impressionou.


> Afetos Roubados no Tempo foi construída a partir de peças confeccionadas em diversos países do mundo onde cada artista produziu artefatos nas oficinas realizadas, para que depois todo este material pudesse ser agrupado e exposto. Viga Gordilho iniciou este projeto durante sua viagem à África do Sul e não parou mais, pois ao chegar ao Brasil contou com o apoio de diversos setores, entre eles a Escola de Belas Artes da UFBA.
A mostra traz os objetos-afeto criados a partir da vivência de cada artesão e do conceito particular sobre o afeto. Os mostruários são separados em meses do ano, onde se encontrou um sentido entre o que foi confeccionado e o contexto em que cada um poderia ser colocado.

> Ecos de Dakar é uma exposição fotográfica da jornalista Márcia Guena com a curadoria de Marcelo Reis. Em uma busca ao passado de nossos ancestrais, Márcia Guena viajou ao Senegal, onde pôde colher imagens da raça e cultura africanas para que assim essa história de beleza e sofrimento fique registrada com a mais pura linguagem.
O curador desta mostra de arte acredita ser a fotografia a técnica artística mais democrática, pois permite ser compreendida por diversos leitores e é nisso que se apega a fotógrafa. Tudo é proposital: desde as imagens em preto e branco que visam um olhar técnico até as em cores que fazem irradiar a beleza da mãe África para que a percepção da ancestralidade negra não se perca.


> Tomie Ohtake é uma gravurista japonesa que reside no Brasil há um pouco mais de sete décadas e que montou um apanhado de sua carreira, a exposição Tomie Gráfica.
A arte de Tomie causa certa tensão e durante as décadas foi mudando o ângulo de visão de suas obras, saindo das justaposições, fazendo alusões à natureza e acentuando a utilização de profundidade e transparência, especialmente nesta última exposição.
É uma retrospectiva do trabalho de Tomie, mas há novas perspectivas onde fica claro - para quem conhece – que ela abre mão da rigidez e do formal.

Perguntas e Respostas

1) Por que a beleza é vista de pontos de vista diferentes?

Resposta: A beleza por não ser um valor universal, acaba formando um conflito entre quem diz que algo é belo ou não. A beleza interior de cada um é atingida quando aquilo que você achou belo, ou te deu prazer, termina mexendo com o seu sentimento, com sua percepção, com suas emoções.

2) Quais características eram usadas para definir a beleza no Renascimento e no Barroco? E quais eram suas diferenças?

Resposta: No Renascimento, predominante no século XIV e XVI, a beleza tinha como critério o equilíbrio, a simetria e a racionalidade. Ao contrário do Renascimento, o Barroco (XVI e XVII), tinha como idéia de beleza baseada no contraste, no exagero e emocionalidade.

Percebemos entãoque ao passar dos anos, o modelo de beleza vai se modificando, pois a mentalidade e os interesses da humanidade também deixam de ser os mesmos.

3) Como desenvolvemos nossa sensibilidade? E em que época já possuímos alguma noção da mesma?

Resposta: Um exemplo de desenvolvimento da sensibilidade ocorre quando, assistimos filmes de histórias diversas, épocas e culturas diferentes e de temas centrais que se diferem de um filme para o outro.

O quanto mais cedo a pessoa exercita o modo de analisa-los usando esses quesitos, mais cedo terá o controle dessa sensibilidade.

4) O que a arte grega em meados do século V a.c queria expressar, e quais foram as conseqüências que ela proporcionou ao passar dos séculos?

Resposta: A arte grega tinha como principal objetivo expressar um idela de beleza e vida atravésde composições nas quais predominassem a harmonia, a simetria, o equilíbrio e a proporcionalidade. Essa arte foi responsável por inspirar movimentos artísticos como o Renascimento, que ocorreu na Idade Moderna. Logo foi nomeada "clássica", por sua importânci, e por espalhar pelo mundo sua idéia de beleza considerada universal.

Poema - A Casa

Paredes brancas pátios interiores
as mesas largas as cadeiras quase toscas
despojamento de convento e de deserto
a planície prolonga-se na casa
com seu rigor e sua estética do necessário
do liso
do elementar.
Aristocracia do pobre
com sua manta e com seu cobre.
Há um cheiro a pão recém-cortado.
A casa alentejana está escrita na planície
como o poema no branco descampado.
Manuel Alegre